Doenças do Trato Respiratório

Fig1: Mecanismos postulados para a lesão das vias aéreas, aquando da intoxicação por cloro. [9]

Foi realizado um estudo que evidencia a presença da resposta inflamatória, após uma exposição ao cloro. Assim, no estudo, ratinhos são submetidos , durante 15 minutos, a uma exposição de cloro, em duas concentrações diferentes: 50ppm e 200ppm. Posteriormente são avaliadas as concentrações das células do sistema imunitário ao longo das 2,6,12,24 e 48 horas.

Fig.2: Contagem total e diferencial das de células na solução de lavagem broncoalveolar (LBA) a partir de animais expostos ao cloro. (A) Total de leucócitos, (B) de neutrófilos, (C) de linfócitos e (D) de eosinófilos. Os valores indicam a média ± SEM, * p <0,05, *** p <0,001 comparado com o grupo controlo (C1, 2-48h).[10]

Deste modo, podemos verificar que a resposta das células do sistema imunitário vai depender da dose de exposição do contaminante, bem como do tempo que decorreu após a exposição. Também, como se pode verificar, em todas as situações, após 48 horas ocorre uma diminuição da concentração destas células no processo de inflamação, daí que possamos considerar que não existem efeitos detetáveis a longo prazo, sobre a resposta inflamatória nas vias aéreas.[10]

A exposição ao cloro afeta , sobretudo as vias aéreas. A toxicidade que se verifica é potencializada pela resposta inflamatória que se segue. Acresce ainda o dano oxidativo que decorre durante a exposição.

Os resultados da inalação humana do cloro podem variar entre a intoxicação aguda com lesão pulmonar e a morte.

A toxicidade deste gás pode levar a um aumento das taxas de risco de bronquite crónica, mas com menos risco de desenvolvimento de asma, situação mais frequente em situações de exposição ao ozono.

Existem grupos que se encontram mais susceptíveis aos efeitos tóxicos do cloro, como são exemplo os fumadores. Assim, o tabagismo e a exposição ao cloro apresentam um efeito aditivo e sinérgico, no dano das vias aéreas.[9]